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5 coisas que você precisa saber sobre esta técnica terapêutica

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Por Alice Duarte

Pode ser que você nunca sequer tenha ouvido falar sobre Constelação Familiar (pensou agora em Astrologia? Esquece). Pode ser que até já tenha ouvido relatos pessoais de quem já participou de uma sessão em grupo ou individual. Se for este o caso, é muito provável que não conseguiu entender direito como funciona a técnica na prática.

Apesar das boas intenções deste post, eu logo faço uma advertência: você só vai conseguir ter uma ideia do que eu estou falando quando assistir pessoalmente a uma Constelação em grupo – e só vai compreender de fato quando participar como representante ou quando for trabalhar um assunto seu.

Bem, dito isso, separei a seguir cinco tópicos que sintetizam os preceitos básicos desse método:

1- Filosofia aplicada na prática

É possível chamá-la de ferramenta, método ou filosofia aplicada. Como seus efeitos são capazes de curar, a técnica tem efeitos terapêuticos. Criada por Bert Hellinger, filósofo, pedagogo, teólogo e psicoterapeuta nascido na Alemanha em 1925, a Constelação Familiar é uma nova abordagem da Psicoterapia Sistêmica, baseada na Fenomenologia e na teoria do Campos Morfogenéticos.

O termo em alemão Familienaufstellung, que numa tradução literal seria “colocação ou configuração familiar”, remete à representação de membros de um sistema, mostrando as suas relações através da configuração espacial destes elementos. Uma curiosidade: no Brasil, adotou-se o termo “constelação familiar”, pois o primeiro livro em português de Bert Hellinger foi traduzido a partir da versão em inglês, que por sua vez traduziu o verbo stellung em alemão para constellate (agrupar numa dada posição).

Teorias à parte, essa é uma técnica voltada para a prática e para os fenômenos em si. Ela trata de realidades que podemos ver por meio de representações de pessoas – sejam elas de nossa família, amigos, cônjuges ou de outros sistemas relevantes a que pertencemos como, por exemplo, o de uma empresa.

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2- Você, seus vínculos e seu passado, ao vivo e a cores

O facilitador (também chamado de constelador) pergunta para o cliente qual é o seu tema ou o que ele pretende alcançar com a Constelação. Pode ser algo que o incomoda, que ele quer compreender ou curar. A partir de então são escolhidos, dentre os participantes do grupo, representantes para as pessoas ou aspectos envolvidos diretamente com o tema (por exemplo, o pai, a mãe, o parceiro, o ex-parceiro, os filhos nascidos e os que não chegaram a nascer, os avós, o chefe, a empresa, uma emoção, uma doença etc.). Depois, as pessoas escolhidas (pelo constelador e, em alguns casos, pelo cliente) se posicionam no espaço, dando expressão à imagem interior que o cliente tem do sistema, de como ele funciona e as relações entre seus membros. A partir desse ponto se desenvolve a constelação de maneira tal que é possível ver a presença do que aconteceu no passado e sua influência no presente.

“Todos os problemas que enfrentamos são um espelho do que aconteceu no passado no sistema e não ficou resolvido, de uma desordem, de uma tragédia não assumida.”  Brigitte Champetier de Ribes

Nas Novas Constelações, no entanto, praticada mais recentemente por Bert e sua esposa Sophie Hellinger, não há muitas regras. É possível trabalhar o sistema em grupo sem que o constelador sequer saiba sobre o tema do cliente, e o representante pode entrar no campo se sentir o chamado para tal, sem que o cliente ou o constelador o escolha ou defina o seu papel dentro do sistema. Isso surgiu principalmente para evitar manipulação por parte do constelador (que pode estar sujeito a erros de interpretação) e proteger o campo daquele cliente.

É importante acrescentar também que, além da aplicação em grupo, a Constelação tem sido realizada com muito sucesso em sessões individuais (presenciais ou online), nas quais são utilizadas visualizações ou materiais de apoio como bonecos, símbolos e objetos no lugar dos representantes. O próprio constelador pode, eventualmente, entrar no campo e assumir os papeis relevantes daquele sistema. Além disso, há uma vertente que utiliza cavalos para representar membros do sistema.

3- A atuação “mágica” do representante

Quando um representante se coloca a serviço – numa atitude de meditação ativa, ou seja, esvaziando-se de pensamentos e intenções – ele começa a sentir-se como a pessoa que representa. Assim como um barco à deriva – que é guiado pelo vento e pelas ondas do mar –, o representante inicialmente sente-se levado a fazer determinados movimentos, a expressar certas emoções e até mesmo a experimentar sintomas físicos, sem que nada tenha a ver com a pessoa representada e nada saiba sobre ela. Isso acontece graças ao fenômeno da ressonância, pelo qual se pode acessar as informações daquele sistema em questão, seja ele familiar, de uma empresa ou organização.

A ciência hoje admite que na natureza, as informações não são transmitidas apenas geneticamente, mas também através de um campo de memória imaterial. Graças ao trabalho do biólogo Rupert Sheldrake, que desenvolveu a teoria da ressonância mórfica e dos campos morfogenéticos, sabe-se que as espécies biológicas e tudo o que tem propriedades auto-organizativas (átomos, células, organismos, famílias, sociedades, países, planetas, galáxias) compartilham entre seus indivíduos o mesmo campo de informação. Esses indivíduos – sejam plantas, animais ou pessoas – estão constantemente informados sobre o passado e as experiências das gerações anteriores. E foi graças a esses mecanismos que as espécies puderam evoluir na Terra.

4- O que interessa afinal: efeitos e resultados

A técnica revela de forma muito rápida quais são as dinâmicas ocultas (quase sempre inconscientes) por trás das desordens sistêmicas. De posse das novas informações, não há como o cliente ficar indiferente. Não é possível “desver” o que se viu e, assim, uma nova consciência emerge. Ao esclarecer as dinâmicas problemáticas no entorno da questão, o cliente pode encontrar a postura interna e o caminho emocional necessários para resolvê-la. A nova tomada de consciência se reflete na realidade da própria vida do cliente e dos demais indivíduos envolvidos no sistema, seja na família, no casal, nas amizades ou no ambiente organizacional.

5- Público-alvo

A Constelação é indicada a todas as pessoas que estão em busca de autoconhecimento, de harmonização de conflitos em suas relações pessoais, de cura de traumas e doenças emocionais como depressão, desordens financeiras, etc. Hoje, além dessa técnica trabalhar no âmbito das relações pessoais e familiares, também vem sendo aplicada com êxito na solução de conflitos nas empresas e organizações, nos âmbitos da Pedagogia e da Justiça (pelo Direito Sistêmico, com mediação e conciliação) e até em conflitos de povos e nações.

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29 pensamentos em “O que é Constelação Familiar?

  1. Gostei bastante desse resumo da abordagem sistêmica do processo de Constelacao. Faltou apenas mencionar a possibilidade de realizar processos individuais com facilitador e materiais de apoio como por ex.Bonecos, onde o próprio cliente acessa as informações de seu campo através dos elementos por ele escolhido.

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  3. Boa noite, ouvi falar pela 1° vez sobre constelação familiar a alguns dias, e estou apaixonada, motivada como a tempos não me sentia, gostaria de saber onde posso fazer constelação familiar aki em Balneario Camboriu SC ou em cidades proximas….
    Obrigada…

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  9. Olá Alice. Boa tarde estive a ver o teu vídeo achei interessante. Sou de poertugal sou de Portugal gostaria de saber quanto leva pelas consultas one-line via face ou outro. Obrigado

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