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Não basta ter amor para que uma relação de casal dê certo. É necessário criar um ambiente nutritivo, que gere felicidade e realização para ambos

 

Numa relação a dois não há bons e maus, culpados e inocentes. O que há são boas e más relações. Aquelas que nos enriquecem ou que nos empobrecem. Às vésperas do Dia dos Namorados, compartilho com vocês os ensinamentos de Swami Prajnanpad, compilados no livro O Amor que Nos Faz Bem, do psicólogo e constelador espanhol Joan Garriga Bacardí.

É muito raro um casal que consiga cumprir à risca todas as cinco condições a seguir, mas se você conseguir colocar em prática uma ou duas já estará se beneficiando de uma relação muito mais nutritiva.

1º condição:

Que o relacionamento seja fácil, flua de forma leve, sem muito esforço. Que não se tenha que desperdiçar grandes quantidades de energia em emoções, nem seja obrigado a lutar contra elas. Quando essa condição ocorre, há pouca discussão, a relação é nutritiva para ambos e há uma verdadeira comunhão, na qual não há dramas ou tragédias, só bem-estar.

Podemos mudar um pouco nosso estilo afetivo e padrões de relacionamento, mas vale a pena estarmos com pessoas cujo padrão afetivo se encaixa bem com o nosso. Do contrário, há um desgaste nas pessoas, o corpo sente tensão e se desvitaliza, o que é um sinal de alarme ou prelúdio de doença.  Já quando são compatíveis, soma-se um mais um e o resultado é muito mais do que dois, e não menos do que dois. 

2º condição:

Que os dois sejam de naturezas não muito diferentes. Se, por exemplo, ela é judia e ele é muçulmano ou católico, trata-se de naturezas incompatíveis. Se um homem muito rico se casa com uma mulher muito pobre, para ambos é difícil manter o relacionamento e se sentirem em pé de igualdade, pois, no fundo, eles mantêm lealdade aos códigos das famílias de origem de sua procedência social.

Um casal se estabelece como tal  quando para eles o relacionamento se torna mais importante que suas famílias de origem, quando o novo sistema criado ganha mais importância que as famílias de procedência ou que os relacionamentos anteriores.

Também há complicações quando há muita diferença entre estilos afetivos, expectativas, projetos e realidades de vida, países, continentes, culturas, valores e idade.

3º condição:

Que os dois sejam verdadeiros companheiros, que vejam que o outro é também um amigo e a amizade não se desgasta com o passar dos anos. Que ambos possam compartilhar as suas peculiaridades, gostos e interesses, diferenças, cumplicidades. Que tenham alguém  a quem entendam e que os entenda. Ambos se acompanham porque têm propósitos comuns, porque juntos podem olhar para tudo aquilo que é importante para um e para outro.

4º condição:

Que o outro nos inspire completa confiança, sobre a qual se possa alicerçar um amor duradouro, passivo de crescimento. Que não seja necessário temer, desconfiar ou proteger-se. Que se tenha a total convicção de que o outro  quer nosso bem e não vai nos prejudicar. Com confiança, sentimos paz, cooperamos e a vida transcorre mais docemente.

Por outro lado, quando surge a desconfiança, instala-se o medo. Se esse sentimento se consolida na relação, começa a inimizade e já não já  como voltar atrás. A única saída é a separação.

5º condição:

Ter o desejo espontâneo de que o outro seja feliz. Ter esse desejo acima dos nossos medos, projeções, anseios ou carências. Trata-se de amar o outro exatamente como ele é. Esta é uma condição difícil de atender porque nos tempos atuais em que se vive um relacionamento mais a serviço do “eu” que do “você” ou do “nós”, é mais comum que a pessoa tenha um impulso de que o outro a faça feliz e não de fazer feliz ao outro. Quando nos alegramos espontaneamente com a felicidade e plenitude do outro e fazemos o que está em nossas mãos para que isso ocorra, sentimos uma alegria redobrada.

Leia também a entrevista com Joan Garriga Bacardí, sobre quais são os alicerces do amor e do bem-estar nos relacionamentos.

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