As pessoas que você mais conviveu em 2015 podem te dar pistas sobre como será seu 2016
Por Alice Duarte
“Diga-me com quem andas e te direi quem és”, já alertavam nossos pais quando queriam nos afastar das más companhias. Você pode não ter dado muita bola para o que eles disseram naquela época, mas saiba que há explicação científica para esse ditado, como verá logo a seguir.
O empreendedor e escritor americano Jim Rohn vai mais além ao dizer que nós somos a média das cinco pessoas com quem mais passamos o nosso tempo. Sendo assim, convém parar agora uns minutinhos para lembrar com quem você mais conviveu em 2015. O que essas pessoas acrescentaram em sua vida: inspiração e bons hábitos ou problemas e negatividade? Saber como são as pessoas para as quais dedicamos nosso tempo e energia nos ajuda a perceber melhor em quais sendas estamos caminhando e aonde vamos chegar com elas.
Vamos então à ciência!
Você sabia que as informações detidas em um grupo (família, organização, espécie) são compartilhadas intuitivamente entre seus membros? A esse fenômeno o biólogo inglês Rupert Sheldrake atribui o nome de ressonância mórfica. As informações, hábitos e comportamentos ficam “armazenados” num campo vibratório, chamado de campo mórfico, que é uma espécie de inconsciente coletivo de grupo. Ou seja, se você convive com pessoas resmungonas, que vivem se queixando da vida, da família, do emprego, do chefe, da Dilma, não vai tardar para que você engrosse esse coro. Mesmo sem querer.
Imagine se o pobre Garrincha – considerado o mais brilhante jogador da história do futebol brasileiro e que morreu aos 49 anos em decorrência do uso abusivo de álcool – tivesse convivido não somente com aqueles amigos que gostavam de frequentar bares e encher a cara, mas sim com amigos que tivessem o hábito de meditar, por exemplo?
A importância de se observar a qualidade da nossa convivência foi abordada em tom de alerta durante o seminário ministrado pelo casal alemão Sophie e Bert Hellinger (o criador das constelações familiares) em agosto no Brasil. “Se você percebeu isso você não vai mais se cercar de certas pessoas e lugares, porque isso tem amplas consequências”, disse Sophie Hellinger. “Se você for para um campo difícil, você vai criar turbulências incríveis na sua vida porque vai entrar em ressonância com isso.”
O observador se torna o observado
A ciência também demonstra esse fenômeno pela teoria dos “neurônios espelho”. O neurofisiologista Giacomo Rizzolatti, professor do Departamento de Neurociência da Universidade de Parma e um dos descobridores dessa teoria, explica que os neurônios-espelho são ativados quando observamos uma ação executada por outra pessoa. Essas estruturas refletem essa informação nos centros visuais do cérebro e a comunicam instantaneamente ao nosso centro motor, permitindo reconhecer uma ação, entendê-la (ou seja, saber a sua intenção) para depois imitá-la.
“Pesquisas mais recentes demonstraram que os neurônios-espelho também são ativados quando há empatia, que é definida como a capacidade de sentir a mesma sensação, o mesmo sentimento ou a mesma emoção que outra pessoa”, diz o autor europeu Idris Lahore, especialista em técnicas sistêmicas e psico-corporais.
Portanto, se você não quer virar mais um ano lamentando que sua vida não está progredindo como gostaria, a estratégia mais acertada é você escolher conscientemente se cercar de quem te inspira a ser alguém melhor. Isso não significa que você precisa excluir aquelas pessoas difíceis e negativas da sua vida – que podem muito bem ser membros da sua família, seu chefe ou amigos íntimos. Mas você pode decidir simplesmente reduzir esse tempo de convivência ou dar outra qualidade a esses momentos: os inspirando pelo bom exemplo.
“Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos será afligido.” Provérbios 13:20
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